“No ato de gemer demonstro meu desejo em ti, você é o meu prazer. Apenas em um sussurro deixo escapar seu nome, ele necessitava ser pronunciado, eu precisava explodi-lo em mim, para você me alcançar. Você queria ir de encontro aos meus olhos, mas eu os evitava, tinha medo de encará-los. De relance percebi a sua beleza, nunca percebera o quão cativante você era até saber que precisava te deixar. Enganar-me? Qual o propósito? Não irei arriscar meu amor próprio. Eu também te amo, mas eu me amo mais.”
/Lê

Deus eu ainda tenho lugar no céu? Rezo para que você se machuque e que eu esteja lá para te salvar. Eu sou uma mulher má, já não sou aquela menina inocente. Quero que você me ligue chorando, pedindo conselhos. Desejo do fundo do meu coração que você tropece e eu esteja lá para te segurar. Espero que o tempo volte e que você seja apenas um garoto, subindo na árvore mais alta, assim exigiria que o vento te carregasse nos braços e que te levasse de encontro ao chão, assim sendo, iria ao teu encontro para te acalentar, enquanto você a chorar. Essa dependência me conquista, seus pedidos de desculpa me fascinam. A sua desgraça me alimenta, e isso me assusta. O seu mal é o meu bem, mas o meu bem me faz mal, será que sou má? Deus eu ainda tenho lugar no céu?
/Lê